Numa de Suas atividades, “enquanto Jesus falava às multidões, Sua mãe e Seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com Ele” Mt 12,46.
Alguém percebeu o fato e disse a Jesus: “Olha, Tua mãe e Teus irmãos estão aí fora e querem falar contigo!” Mt 12,47.
Foi o que bastou para que o Nazareno plantasse a sementinha da Nova Família, ou seja, a do Espírito Santo: “Quem é Minha mãe e quem são Meus irmãos? Mt 12,48.
Sem esperar resposta, “estendeu a mão para os discípulos dizendo: Eis Minha mãe e Meus irmãos” Mt 12,49, para, tranquilamente, concluir: “Todo aquele que faz a vontade do Meu Pai, que está nos céus, esse é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe!” Mt 12,50.
Toda vez que vivencio a Intersacramentalidade, sempre que experimento os seus benéficos efeitos, eu me lembro dessa vivência.
Em Jo 3,6, o Nazareno é explícito: “O que nasceu da carne é carne, o que nasceu do Espírito Santo, é espírito!”
Existem as duas famílias, a da carne, ou seja, a biológica e a do Espírito, aquela que nos acolheu no dia do nosso Batismo.
Por Intersacramentalidade a Família do Encontro Matrimonial Mundial, EMM, entende um Relacionamento que se constrói entre o Ser Matrimonial e o Ser Sacerdotal.
Esses dois Seres se tornam Sacramento à medida que, pelo seu Relacionamento, manifestam e concretizam o amor de Jesus pela Sua Igreja.
O Matrimônio e o Sacerdócio são Sacramentos de serviço. Se, isolados, já possuem tamanha força e são fonte de muitas graças e bênçãos, imaginemos os dois, em comunhão e participação, servindo com mais disponibilidade e alegria.
A Intersacramentalidade é uma grande bênção que o Espírito Santo, através do EMM, oferece à Igreja. É um novo jeito de os Sacramentos do Matrimônio e do Sacerdócio se relacionarem, um reforçando as características do outro.
Ao compartilhar na vivência da Intersacramentalidade, eu me vejo um filho dessa Família que Jesus apresenta ao proclamar: “Todo aquele que faz a vontade do Meu Pai, que está nos céus, esse é Meu irmão, Minha irmã e Minha mãe!”
Quando isso acontece, aumenta o número dos membros dessa maravilhosa Família do Espírito.
Sob esse enfoque, a minha Necessidade de Autonomia, recebe uma conotação nova e especial. Já não fica restrita ao meu querer pessoal, porém, consigo alargar os horizontes e ver a realidade sob o ponto de vista de Jesus ao Se referir a essa nova Família, que acolhe e tenta viver a Palavra de Deus. Vejo na Intersacramentalidade uma ocasião para viver a ordem de Jesus que enviou os seus discípulos dois a dois, e, acredito, pede que façamos o mesmo em relação aos Sacramentos do Matrimônio e da Ordem Sagrada.
Pe. Jacob, MSF.