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O Sinal de Jonas

Imagem de Jonas saindo da boca de uma baleia na praia

Coberto de razão está Frei Carlos Mesters quando assegura que “para  indiferentes não existem milagres!”

Entre os indiferentes se encontravam os mestres da Lei e os fariseus que, com a maior cara de pau, se achegaram de Jesus e Lhe disseram: “Mestre, queremos ver um sinal realizado por Ti” Mt 12,38.

Podemos imaginar a decepção do Nazareno ao lhes responder: “Uma geração má e adúltera busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas” Mt 12,39.

A seguir, para refrescar a memória dos interlocutores, o Mestre prossegue: “Com efeito, assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim também o Filho do Homem estará três dias e três noites no seio da terra.

Como repercute em nós essa assertiva de Jesus? Aceitamos a vivência de Jonas não como mera narrativa, mas como uma manifestação literária do Espírito Santo que nos desafia?

O que fez de Jonas um sinal importante e significativo não foi apenas a sua estadia na baleia. Ele mostra muitos outros elementos que o transformam, no dizer de Jesus, no único sinal: ‘Nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal do profeta Jonas.”

Esse profeta relutou contra a ordem do Senhor que o enviara para Nínive. Ele tenta outra saída, ou seja, a ida para Tarsis.

A tempestade ameaçou a vida, não apenas de Jonas, mas de toda a tripulação do navio que conduzia o profeta fujão.

Descoberto como sendo o culpado, ele assume a sua fuga e se deixa lançar ao mar. Engolido pela baleia, ele se transforma no sinal da Ressurreição de Jesus.

Depois de devolvido à praia, Jonas refaz a sua história e assume sua missão de prevenir os ninivitas acerca do que os aguardava se não se convertessem.

Após apenas um dia de pregação, Nínive inteira reconhecendo a sua delicada situação, fez penitência. Isso lhe valeu o perdão de Javé.

O profeta ficou decepcionado com a misericórdia divina. Ele até que esperava isso, o que aumentou a sua desolação.

Para piorar a sua situação, a plantinha que o protegera da inclemência do calor, morreu. A sua reclamação serviu para que o Senhor lhe falasse da Sua bondade e da mesquinhez do profeta que se exclamava por uma plantinha que ele, simplesmente, aproveitara. Tu te revoltas por uma plantinha e reclamas de que Eu Me tenha comiserado dos habitantes de Nínive?

Jesus aproveita, para admoestar os judeus, os ninivitas que se converteram com a pregação de Jonas, bem como a rainha do Sul que, veio dos confins da terra para escutar Salomão. Junto com os Mestres da Lei e os fariseus, e também, junto a nós, mesmo que de maneiras distintas, está o próprio Jesus e não O reconhecemos. Qual será o nosso julgamento?

Pe. Jacob, MSF.

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