20/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
A questão dos sinais sempre esteve em pauta. Quantas vezes, perguntas como esta, feita pela multidão, chegaram ao conhecimento de Jesus.
Certa feita, a multidão perguntou-Lhe: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em Ti?”, e, ainda, esta outra um pouco mais incisiva: “Que obra fazes?” Jo 6,30.
Mostrando certo conhecimento, ela prosseguiu: “Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: Pão do céu deu-lhes a comer” Jo 6,31.
O Nazareno aproveitou a oportunidade para esclarecer: “Em verdade, em verdade vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu!” Jo 6,32, para, categoricamente, prosseguir: “É Meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu!” Jo 6,32.
Com que atitude a multidão, e, especialmente, com que sentimentos, ela escutou o compartilhar de Jesus que, usou de Sua autoridade para esclarecer: “O Pão do Céu é Aquele que desce do céu e dá a vida ao mundo” Jo 6,33.
Esse compartilhar foi tão vigoroso e cativante que a multidão exclamou: “Senhor, dá-nos sempre desse Pão!” Jo 6,34.
O Nazareno, simplesmente, transcende a expectativa dos ouvintes e proclama: “Eu sou o Pão da Vida!” Jo 6,35.
Com que espanto devem ter ouvido a promessa que perpassa os séculos: “Quem vem a Mim não terá mais fome e quem crê em Mim nunca mais terá sede!” Jo 6,35.
Sabemos que Jesus estava Se referindo à Eucaristia. Esta é uma pequena parcela do Discurso sobre o Pão da Vida, ou seja, a Eucaristia que é o tema central de todo o capítulo seis do Evangelho de Joãozinho.
Passados 21 séculos dessa proclamação, como estamos no referente a este Grande Sinal da nossa Fé?
Acreditamos, de fato, na Eucaristia? Estamos dispostos a assumir todas as consequências que surgem da mesma?
Se entendêssemos, realmente, a graça que Jesus concedeu e continua dando à humanidade com esse Sacramento, se soubéssemos usá-lo devidamente, acredito que estaríamos bem melhores em todos os sentidos.
Infelizmente, por vezes, somos como aquela multidão e continuamos à cata de sinais: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em Ti?” Pior que isso, estamos cegos para tantos e tão gritantes Sinais que nos rodeiam.
Somos um Sinal do amor de Deus para os demais? Se isso não ocorre estamos brincando de ser Sacramentos.
Pe. Jacob, MSF.