Jesus, depois da multiplicação dos pães e dos peixes, após ter andado sobre as águas, foi procurado pelas multidões que, ao encontrá-Lo, do outro lado do mar, perguntaram-Lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” Jo 6,25.
Jesus aproveita a curiosidade das pessoas para fazer-lhes uma provocação: “Estais Me procurando não porque vistes Sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos!” Jo 6,26.
Com certeza, essa provocação mexeu com os presentes. O Mestre aproveitou a circunstância para iniciar Sua desafiadora exposição sobre o verdadeiro pão que desceu do céu.
Como excelente pedagogo, aproveitou a deixa para lançar uma ponte entre o alimento material e aquele que Ele estava para anunciar. Por isso, falou: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna!”, para tranquilo, aduzir “que o Filho do Homem vos dará” Jo 6,27.
O Mestre aproveitou a ocasião para, novamente, confirmar a Sua divindade: “Pois Este é Quem o Pai marcou com Seu selo!” Jo 6,27.
As palavras do Nazareno estavam alcançando o Seu objetivo, pois, curiosos, os ouvintes perguntaram: “O que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” Jo 6,28, ao que Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis Naquele que Ele enviou!” Jo 6,29.
Percebamos como Jesus parte do conhecido para lançar a semente do desconhecido.
As multidões estavam muito distantes de perceberem no Sinal da multiplicação dos peixes e dos pães, bem como os discípulos que testemunharam o Seu caminhar sobre as águas, uma nítida manifestação da Sua procedência do Paizinho Amado.
Daí a explicitação: “Este é Quem o Pai marcou com Seu selo!”
O Mestre, vendo que o que dizia produzia estava atingindo as pessoas que se interrogavam: “O que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”, com persistência, reforçou: “A obra de Deus é que acrediteis Naquele que Ele enviou!”
Jesus, como bom construtor do Reino, estava colocando os alicerces para o que, no transcorrer do Discurso sobre o Pão da Vida, iria apresentar.
Ele estava preocupado em colocar bases sólidas para o que apresentaria depois.
Toda Eucaristia é uma atualização do que Jesus viveu, e, na Sua Paixão e Morte, confirmou, ou seja, “Todas as vezes que comeis desse Pão e bebeis desse Cálice, lembrais a morte do Senhor, até que Ele venha“ 1 Cor 11,26, bem como, “Toda vez que fizerdes isso, fazei-o em memória de Mim” 1 Cor 11,24. Assim, fica evidente que a Celebração Eucarística é também uma Presencialização da Páscoa do Nazareno.
Jesus Amado, faze que as nossas procuras tenham como razão e consequência : “O que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” Pe. Jacob, MSF.