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A Arte da Oração

Imagem de mulher orando em um jardim

Jesus de Nazaré é categórico: “Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos!” Mt 6,7. Isso não é uma sugestão, porém, uma ordem, um imperativo: “Quando orardes, não useis muitas palavras!” A razão é simples: Isso “fazem os pagãos!”

Eles tem todo o direito de pensar “que serão atendidos por causa das muitas palavras!” Mt 6,7.

O Nazareno confirma a Sua posição: “Não façais como eles” Mt 6,8. Como está difícil para entendermos que “vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais!” Mt 6,8.

Acredito que herdei de minha mãe a facilidade para ir para o Silêncio Interior de Escuta. Considero isso uma bela e grande herança!

Assim sendo, tenho atitude de irritação quando, por exemplo, na celebração de um Terço se fica enrolando e perdendo mais tempo  nas intenções que na recitação propriamente dita.

Se o Pai sabe do que necessitamos, por que perder tempo com tantas intenções que, muitas vezes, umas apenas repetem ou reforçam as outras.

Pode ser um exagero meu de Organizador, mas acredito no Abá, no Paizinho Amado que, desde toda a eternidade, nos conhece profundamente. Assim sendo, são do Seu conhecimento as intenções pelas quais Ele deseja que rezemos. Basta que nos disponhamos a isso!

Acredito que, se formos sensíveis às moções do Espírito Santo, aos poucos esse modo de rezar vai-se impregnando em nós. Aos poucos, ele vai-se transformando num estilo de prece.

Penso que uma organização mental ajuda muito para nos dirigirmos ao Senhor mediante a prece.

Jesus ensinou apenas o Pai Nosso. Nele temos um Deus que, como Pai, ama e cuida de todos os Seus filhos. Espera que acolhamos o Seu Reino, que santifiquemos o Seu nome e que cumpramos a Sua vontade.

Podemos resumir o Pai Nosso no cuidado que o Pai dedica a todos os Seus filhos, ou seja, aos nossos semelhantes.

O Nazareno, no Pai Nosso, resumiu a louvor ao Pai e as necessidades concretas de todos os Seus filhos.

Contudo, o Mestre apresenta uma condição para quem deseja, de fato, orar: “Se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará!” Mt 6,14. Porém, a recíproca continua verdadeira: “Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes!” Mt 6,15.

Essa assertiva de Jesus é uma dedução lógica, pois Ele nos ensinou a pedir: “Perdoa as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos  ofendeu!” Mt 6,1.

A Oração é um encontro íntimo com Deus. É um diálogo, ou seja, é tecida de escuta e fala, e isso, por ambas as partes, do orante e de Deus. Infelizmente, por vezes, transformamos a prece num monólogo, ou seja, numa sapecação enfadonha! Quem sabe, seja essa uma das origens das ojerizas pela oração!?

Pe. Jacob, MSF.

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