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A Arte de Relacionar-Se

Imagem do Papa Francisco sorridente acenando para multidão de pessoas sorridentes

Jesus de Nazaré é Mestre também na arte do relacionamento. Para entrar em contato mais direto com os seres humanos não hesitou  assumir a condição humana em tudo, exceto no pecado. Como assegura Paulinho, Ele Se aniquilou para entrar e permanecer em íntimo contato com os humanos.

Nas Suas pregações acerca do Reino empregava Parábolas, de acordo com a capacidade de compreender de Seus ouvintes.

A um grupo de agricultores, certa feita, Ele assim Se dirigiu: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra!” Mc 4,26.

Podemos imaginar com que simplicidade prosseguiu: “Ele vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas ele não sabe como isso acontece!” Mc 4,27.

Podemos imaginar a tranquilidade e a gratidão com que os agricultores acolhiam a Sua explanação: “A terra, por si mesma, produz o fruto: Primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga, e, por fim, os grãos que enchem a espiga” Mc 4,28.

Como quem sabe da arte da semeadura e de suas consequências, Jesus continua: “Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice, porque o tempo da colheita chegou!” Mc 4,29.

Certamente, entre os ouvintes se encontravam alguns hortelãos a quem Ele Se dirige: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola usaremos para representá-lo?” Mc 4,30, para, carinhosamente, expor: “O Reino de Deus é como um grão de mostarda, que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra” Mc 4,31, porém, “Quando é semeado, cresce e se torna maior que todas as hortaliças, e estende ramos tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra!” Mc 4,32.

Comprovando que o Nazareno era exímio na arte do relacionamento e da comunicação que o favorece, o hagiógrafo compartilha: “Jesus anunciava a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender!” Mc 4,33.

Como bom comunicador, “só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os discípulos, explicava tudo!” Mc 4,34. Sua atitude de respeito e Seu comportamento diferenciado, referentes aos Seus íntimos nos ensinam a sermos sensíveis aos que nos escutam.

Relacionar-se é importante, pois dele depende muito do êxito da acolhida, da compreensão, e, sobretudo, da vivência do que se tenta transmitir. Por vezes, uma linguagem rebuscada, por mais exata que ela seja, não é o melhor veículo a ser empregado na transmissão da Palavra Divina. Também nesta área vale a ordem do Mestre: “Sede mansos como as pombas e prudentes como as serpentes!” Mt 10,16.

Pe. Jacob, MSF.

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