17/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
A Instituição do Diaconato foi fruto de uma premente necessidade da Igreja Primitiva.
Lucas diz claramente: “O número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica”, pois, “eles diziam que as suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário” At 6,1.
Percebamos a ação do Espírito Santo quando “os doze Apóstolos reuniram a multidão dos discípulos e disseram: Não está certo que nós deixemos a pregação da Palavra de Deus para servir às mesas” At 6,2.
Os Apóstolos revelaram confiança nos irmãos da Comunidade e lhes falaram: “É melhor que escolhais entre vós sete homens de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria, e nós os encarregaremos desta tarefa!” At 6,3.
Isso porque, “desse modo, nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra!” At 6,4.
Como a sugestão foi fruto duma escuta ao Espírito Santo, “agradou a toda a multidão” At 6,5.
Foi então que “escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e também Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia, um pagão que seguia a religião dos judeus” At 6,5.
A Comunidade, após esta escolha, “os apresentou aos Apóstolos, que oraram e impuseram as mãos sobre eles” At 6,6.
O importante é que a “Palavra de Deus se espalhava”, e por causa dessa Pastoral Organizada, “o número dos discípulos crescia muito em Jerusalém, e grande multidão de sacerdotes judeus aceitava a fé!” At 6,7.
A Instituição do Diaconato aconteceu para preencher uma carência real, ou seja, “o número dos discípulos tinha aumentado, e os fiéis de origem grega começaram a queixar-se dos fiéis de origem hebraica”, pois, “eles diziam que as suas viúvas eram deixadas de lado no atendimento diário” At 6,1.
Houve um sério problema de relacionamento entre as viúvas gregas que se sentiam preteridas às judias. Havia o problema, uma solução se fazia necessária.
Prevaleceu o bom senso. Aos Apóstolos Jesus confiara a Pregação do Evangelho que seria acompanhada pelos Milagres. Esta missão foi preservada a eles e, outros, no caso, os Diáconos, foram escolhidos, rezados e instituídos para o Ministério da Assistência Social.
Os Apóstolos foram diretos ao ponto, “desse modo, nós poderemos dedicar-nos inteiramente à oração e ao serviço da Palavra!”
Engana-se o diácono que pensa ser sua tarefa específica auxiliar no serviço do Altar. A ele foi confiada a missão de estar atento e sanar as carências dos pobres e demais carentes.
Jesus Amado, faze que cada um faça o que lhe compete e somente o que lhe compete!
Pe. Jacob, MSF.
