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A Minha Emuás

Padre no momento da comunhão

07/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.

Ano após ano, o Espírito Santo, através da Palavra de Deus por Ele escrita, nos convida a irmos à nossa Emaús para, em companhia com o Ressuscitado, aprofundarmos as grandes lições dessa Vivência.
Quantas vezes, apesar de tantos Sinais, como os dois peregrinos de Emaús, estamos cheios de dúvidas, angústias, inseguranças, medos e outras coisas mais?
Em parte, isso nos acontece porque, nem sempre, percebemos o Nazareno caminhando ao nosso lado.
Muitas vezes, a exemplo desses discípulos, ficamos lembrando as experiências negativas, remoendo as mesmas, e, ainda por cima, querendo que os outros entrem nessa negatividade: “És o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?” Lc 24,18.
Interessante a paciência do Nazareno que, calmamente, perguntou: “O que foi?” Lc 24,19.
Podemos imaginar os sentimentos dos dois que se sentiram valorizados e relataram: “O que aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso, em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo!” Lc 24,19.
Pensando revelar uma grande novidade ao companheiro de caminhada, prosseguiram: “Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes O entregaram para ser condenado à morte e O crucificaram!” Lc 24,20.
Com que emoção eles continuaram: “Nós esperávamos que Ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas estas coisas aconteceram!” Lc 24,21.
A seguir, compartilharam o susto das mulheres que foram ao túmulo e o encontraram vazio. Mesmo que dissessem que tinham visto Anjos, que afirmaram que Jesus estava vivo, “ninguém O viu” Lc 24,24.
O Mestre, percebendo a boa vontade dos discípulos e acolhendo as suas dificuldades, os admoesta: “Como sois sem inteligência para crer em tudo o que os profetas falaram!” Lc 24,25, e insiste: “Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na Sua glória?” Lc 24,26.
Jesus, tranquilamente, relembrou aos dois, as passagens escriturísticas que a Ele se referiam.
A mensagem calou nos caminhantes, pois insistiram para que Jesus ficasse com eles. Seguir caminho, à noite, seria perigoso.
Foi durante a refeição quando Jesus partiu o pão que os olhos dos discípulos se abriram e reconheceram o Ressuscitado!
Foi com muita ternura e gratidão que eles se perguntaram: “Não estava ardendo o nosso coração quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” Lc 24,32.
O encontro com Jesus, vivo entre eles, animou-os a retornarem a Jerusalém e compartilharem essa maravilhosa experiência com os demais.
Essa vivência é um claro testemunho dos efeitos, tanto da Catequese, quanto da Celebração Eucarística.

Pe. Jacob, MSF.

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