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A Misericórdia em Ação

Jovem segurando coração na mão

11/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.

Nos Atos dos Apóstolos encontramos este testemunho: “A multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” At 4,32.
O Coração, biblicamente falando, pode ser visto como sendo o experimentado, o dia a dia da pessoa. A Alma, neste mesmo enfoque, pode ser interpretada como o direcionamento afetivo da pessoa, ou seja, a Comunidade Cristã estava voltada, emocionalmente, para resolver as situações delicadas dos demais. Noutras palavras, podemos ver nessa afirmativa o retrato do que viviam os primeiros cristãos.
Eles eram misericordiosos. Olhavam para o seu derredor e se preocupavam em sanar as dificuldades concretas dos outros.
Neste horizonte existencial os cristãos “não consideravam como próprias as coisas que possuíam, mas tudo entre eles era posto em comum” At 4,32.
Essa era uma maneira de os “Apóstolos darem testemunho da Ressurreição do Senhor Jesus!” At 4,33.
Ser misericordioso é preocupar-se para que ninguém do nosso convício passe necessidades. Os primeiros seguidores do Nazareno “que possuíam terras ou casas vendiam-nas, levavam o dinheiro e o colocavam aos pés dos Apóstolos que o distribuíam conforme a necessidade de cada um!” At 4,34-35.
Jesus de Nazaré é a Fonte e a melhor Revelação da Misericórdia da Trindade Divina. Seu Ser, Suas Atitudes e Seu Comportamento revelam isso com toda a evidência.
Mostrando toda a Sua Misericórdia, Ele toma a iniciativa e vai ao encontro dos Seus que estavam trancafiados no Cenáculo por temerem os judeus.
Ao entrar no recinto, “colocou-Se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!” Jo 20,19. Podemos imaginar a reação dos Apóstolos que, com certeza, foram invadidos por sentimentos contraditórios.
Como poderiam acolher essa paz depois de tantas fragilidades reveladas após a condenação do Mestre? Como poderiam sentir a energia dessa paz, depois do abandono do Mesmo quando Ele mais esperava a sua presença solidária?
O Ressuscitado, misericordiosamente, reiterou: “A Paz esteja convosco”, e aduz: Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio!” Jo 20,21.
Jesus confirma Sua Misericórdia “soprando sobre eles e dizendo: Recebei o Espírito Santo! A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados!” Jo 20,22-23.
Certamente, nesta Experiência Pentecostal, aconteceu um assumir da Misericórdia Divina. Acredito que os Apóstolos, com a Força do Paráclito, perdoaram as suas fraquezas e tomaram posse do Envio: “Como o Pai Me enviou, também Eu vos envio!”
Que na Solenidade da Divina Misericórdia, assumamos essa grande graça. Sejamos misericordiosos para conosco, a fim de que possamos viver essa mesma Misericórdia em relação a todos os demais!
Que, a exemplo da Primeira Comunidade Cristã, saibamos usar de misericórdia para todos os carentes em qualquer Dimensão. Que, a partir desse nosso testemunho concreto, também sejamos tratados misericordiosamente.

Pe. Jacob, MSF.

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