04/05/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
Jesus de Nazaré apresenta uma nova proposta: “Deixo-vos a paz”, e acentua, “a Minha paz vos dou”, para ressaltar “mas não a dou como o mundo!” Jo 14,27.
O Mestre é muito claro. A Sua paz é um presente: “Deixo-vos a paz!”, ela é caracterizada: “A Minha paz vos dou!”, e finalmente, é muito distinta daquela que o mundo oferece: “Mas não a dou como o mundo!”
Uma característica da paz que o Senhor Jesus nos oferece, Ele assim a apresenta: “Não se perturbe nem se intimide o vosso coração” Jo 14,27, ou seja, ela não amedronta, pelo contrário, mantém os Seus esperançosos, mesmo em meio às tempestades do dia a dia.
A paz que o Nazareno nos prometeu é, como canta o Pe. Zezinho, “uma paz inquieta”, ou seja, nada tem a ver com acomodação. Pelo contrário, ela desinstala e leva a sempre desbravar novos horizontes. Em meio a esta nova proposta de Jesus, necessário se faz construir e manter uma atitude de confiante esperança.
Jesus, para solidificar esta Sua paz, lembra o passado: “Ouvistes o que Eu vos disse: Vou, mas voltarei a vós” Jo 14,28.
Quando o Nazareno compartilhou isso com os Seus, “a tristeza se apossou dos corações deles”, porém, dentro desse contexto da paz de Jesus, “a sua tristeza se converterá em alegria” Jo 16,20.
Na intimidade com os Seus discípulos, o Mestre abria o Seu coração. Dentro do destemor que Ele propunha a eles, vivia o Risco e Confiança. Por isso, prosseguiu: “Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que Eu!” Jo 14,28.
Nesta mesma atitude de abertura confiante, aduziu: “Disse-vos isso agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis!” Jo 14,29. Certamente, naquele momento, Ele pensou, “para manterdes aquela paz que prometi e vos deixei!”
Jesus, em Sua onisciência, conhecia todas as coisas. Eis porque, continua revelando: “Já não falarei muito convosco, pois o chefe desse mundo vem” Jo 14,30.
Jesus procura de todos os modos prevenir os Seus diante de tantas surpresas que os aguardavam. Compartilha com toda segurança: O diabo “não tem poder sobre Mim, mas para que o mundo reconheça que Eu amo o Pai, Eu procedo conforme o Pai Me ordenou!” Jo 14,30-31.
Podemos imaginar os sentimentos do Mestre ao revelar essas nuances da Sua caminhada aos Seus discípulos.
Ninguém melhor que Ele para saber o quanto eles precisavam dessa nova paz que está muito distante de ausência de problemas. Pelo contrário, Ele sabia todos os passos que seriam dados pelos Seus após a Sua ausência desse planeta.
Foi o Seu infinito amor que inspirou tudo o que, com tanta ternura, compartilhou nestes Seus últimos dias neste mundo.
Jesus Amado, mesmo que não a entendamos ainda em sua globalidade, concede-nos essa Tua paz tão distinta daquela paz passageira que o mundo nos promete.
Pe. Jacob, MSF.