Agradeçamos o Senhor por estarmos iniciando um Novo Ano. Sejamos gratos porque a Igreja, como Mãe e Mestra, nos propõe fazer esta abertura do Ano de 2022, com a presença protetora de Maria, Mãe de Deus.
É um convite da Comunidade Eclesial para pedirmos que Maria vá à frente de tudo o que aguardamos deste Ano Novo. Ela, como Mãe de Deus, interceda junto a Ele para que possamos aproveitar todos os dias desse Ano iniciante para estarmos abertos e disponíveis a tudo o que, desde toda a eternidade, o Deus da Vida preparou para que, com a Sua graça e a valiosa ajuda dos irmãos, nós concretizemos.
O que distingue Maria de todas as demais mulheres é que ela, “quando se completou o tempo previsto, “Deus enviou o Seu Filho, nascido de uma mulher, nascido sujeito à Lei, a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei e para que todos recebêssemos a filiação adotiva” Gl 4,4-5.
Paulinho acentua “nascido sujeito à Lei”, isso que confirma o que compartilhou com os filipenses: “Sendo de condição divina, não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens” Fl 2,6.
Maria, pela sua maternidade, permitiu a Encarnação de Jesus. Através da caminhada posterior à Anunciação e ao Nascimento do seu Filho, ela ampliou essa maternidade estendendo-a a todos os que, aos pés da Cruz, simbolicamente, acolheu como filhos na pessoa de Joãozinho, o discípulo que seu Filho mais amava.
Por isso, com toda a propriedade, Paulinho aduz: “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de Seu Filho, que clama: Abá, ó Pai” Gl 4,6.
A partir desse gesto de amor do Paizinho Amado, “já não somos escravos, mas filhos. E se somos filhos, somos também herdeiros: Tudo isso por graça de Deus!” Gl 4,7.
Oxalá, entendêssemos e acolhêssemos essa imensa graça e a aproveitássemos para acolher todas as demais bênçãos que, desde todo o sempre, estão ao nosso dispor.
Maria deu à luz o Unigênito do Pai “e os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o Recém Nascido deitado na manjedoura” Lc 2,16.
Podemos imaginar o que foi compartilhado nesta noite santa. Os pastores falaram da sua experiência com os Anjos que lhes falaram do Menino. Com certeza, José e Maria foram os ouvintes mais atentos ao seu relato.
Uma coisa, porém, mostrava a humildade e a sabedoria do casal: “Maria”, e, certamente, também José, “guardava todos estes fatos e meditava sobre eles em seu coração” Lc 2,19. Que este Novo Ano nos apresente muitas oportunidades para fazermos o mesmo. Que o Silêncio Interior de Escuta nos favoreça a fazermos do Mesmo uma rica experiência do Mistério Crístico. Então ele será, de fato, um Abençoado e Próspero Ano.
Pe. Jacob, MSF.
