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As Serpentes Existenciais

Imagem de mulher com muito medo

Celebramos hoje a Solenidade da Exaltação da Santa Cruz.

A vivência do povo hebreu peregrinando pelo deserto rumo à Terra Prometida continua acontecendo em pleno século 21.

A exemplo desse povo, todos nós, de certa maneira, repetimos o que ele fez, ou seja: “Durante a viagem, o povo começou a impacientar-se, e se pôs a falar contra Deus e contra Moisés” Nm 21,4-5.

A Pandemia, com certeza, motivou em nós algumas murmurações. Quem sabe, ela seja uma das muitas serpentes existenciais que está a nos morder e levando à morte, talvez, não física, porém, numa visão mais global.

Outra serpente existencial que está a nos morder é a tentativa estéril para encontrarmos culpados para esta realidade atual.

Uma outra serpente existencial pode ser a nossa falta de fé que nos impede de vermos na Pandemia uma oportunidade que Deus nos concede para que retornemos ao Seu Projeto de vida plena para todos.

Enquanto não vencermos a serpente existencial do comodismo, enquanto não tentarmos uma verdadeira e permanente Conversão, esta realidade irá se perpetuando.

Oxalá, como o povo no deserto, nós também, possamos procurar, não mais um Moisés físico, mas Este que ele representou, ou seja, Jesus Cristo.

Oxalá, tenhamos a graça de perceber nesta Pandemia e em suas sofridas consequências uma oportunidade para olharmos, não para uma serpente de bronze, mas para Aquele que, pela mesma era representado, ou seja, Jesus Crucificado.

Oxalá, tenhamos a fé necessária para percebermos que “do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado” Jo 3,14.

Qual é o lugar que Jesus ocupa em nossa vida? Ele é prioridade ou não passa de mera figura, por vezes, apenas decorativa.

Oxalá, acreditemos no que o Nazareno nos revelou: “Para que todos os que Nele crerem tenham a Vida Eterna!” Jo 3,15.

Oxalá, tomemos posse do que Jesus proclamou: “Deus amou tanto o mundo, que deu o Seu Filho Unigênito para que não morra todo o que Nele crer, mas tenha a Vida Eterna!” Jo 3,16.

Como faz falta para nós, povo de Deus do século 21, acreditarmos mesmo que “de fato, Deus não enviou o Seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele!” Jo 3,17. Jesus Amado, faze que cresçamos na vivência da misericórdia. Somente, numa atitude misericordiosa, teremos reais condições para avaliar a importância e o significado das nossas serpentes existenciais e delas fazer um meio para nos aproximar do Crucificado. Ele comprova que é pela morte que chegaremos à Vida Eterna.

Pe. Jacob, MSF.

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