A melhor recomendação que podemos aspirar é que a nossa vida seja uma referência legal. Jesus, concluídas as pregações, entrou em Cafarnaum.
Podemos imaginar que Ele aspirava chegar em casa e refazer as Suas energias. Contudo, não foi bem isso que aconteceu.
Vivia em Cafarnaum “um oficial romano que tinha um empregado a quem estimava muito e que estava doente, à beira da morte” Lc 7,2.
Este oficial ouvira falar de Jesus “e enviou alguns anciãos dos judeus para pedirem que Jesus viesse salvar seu empregado” Lc 7,3.
O oficial, com certeza, ao escutar falar dos milagres que Jesus operava, tomou posse desse poder restaurador do Messias. A escuta do oficial despertara nele a certeza de que o Nazareno poderia fazer com seu empregado, o que tantas vezes já realizara, ou seja, restabelecê-lo em sua saúde.
Interessante é o detalhe que Lucas apresenta: “Chegando aonde Jesus estava, pediram-Lhe com insistência: O oficial merece que lhe faças esse favor, porque ele estima o nosso povo”, e, para comprovar o que estavam dizendo, aduziram: “Ele até nos construiu uma sinagoga” Lc 7,4-5.
O Nazareno, sensível como sempre, “pôs-Se a caminho com eles. Porém, quando já estavam perto da casa, o oficial mandou alguns amigos dizerem a Jesus: Senhor, não Te incomodes, pois não sou digno de que entres em minha casa” Lc 7,6.
Com toda a humildade, o oficial acrescentou: “Nem mesmo me achei digno de ir pessoalmente ao teu encontro”, e, numa vibrante manifestação de fé, prosseguiu: “Ordena com a Tua palavra, e o meu empregado ficará curado!” Lc 7,7.
Este oficial fazia jus ao que dele disseram os anciãos: “O oficial merece que lhe faças esse favor, porque ele estima o nosso povo”, e, certamente, além da construção da sinagoga, poderia aduzir muitas outras boas referências acerca do mesmo.
Seguramente, uma das razões de eles terem dito isso era a convicção com que o oficial usava da sua autoridade sem autoritarismo: “Eu também estou debaixo de autoridade, mas tenho soldados que obedecem às minhas ordens”, e, para comprovar o que dizia, acrescentou: “Se ordeno a um: “Vai!”, ele vai, e a outro: “Vem!”, ele vem, e ao meu empregado: “Faze isto!”, e ele o faz” Lc 7,8.
O Mestre, ao escutar isso, ficou admirado. Numa atitude de reconhecimento, “virou-Se para a multidão que O seguia e disse: Eu vos declaro que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé” Mc 7,9.
Lucas conclui o relato: “Os mensageiros voltaram para a casa do oficial e encontraram o empregado em perfeita saúde” Lc 7,10 Jesus Amado, faze que tenhamos uma fé inabalável. Faze que a Tua palavra seja acolhida por nós e produza os seus devidos frutos.
Pe. Jacob, MSF.