24/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
O Sacramento Eucarístico chegou até nós por graça de Deus e, especialmente, pela ação condutora que o Espírito Santo realiza na Comunidade Eclesial do Nazareno.
Desde o seu anúncio houve profunda rejeição pelo mesmo. Já, em Cafarnaum, “muitos dos discípulos de Jesus que O escutaram, disseram: Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” Jo 6,60.
Jesus, “sabendo que Seus discípulos estavam murmurando por causa disso mesmo, perguntou: Isso vos escandaliza?” Jo 6,61, para, decididamente, prosseguir, “e quando virdes o filho do homem subindo para onde estava antes?” Jo 6,62.
O Nazareno estava muito consciente da realidade de Seus ouvintes. Ele compreendeu a sua situação e compartilhou: “O Espírito é que dá vida, a carne não adiante nada!”, e, para animar os Seus, acrescentou: “As palavras que vos falei são espírito e vida!” Jo 6,63.
Podemos imaginar o sentimento delicado que O envolveu quando teve que aceitar que “entre vós há alguns que não creem”, isso porque “Jesus sabia, desde o início, quem eram os que não tinham fé e quem havia de entregá-Lo” Jo 6,64.
O Nazareno estava tratando de um profundo Mistério, no contexto de Paulinho, ou seja, uma manifestação do amor de Deus para a humanidade. Eis porque, retomou o que, anteriormente, já havia compartilhado: “É por isso que vos disse: Ninguém pode vir a Mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai!” Jo 6,65.
Essas assertivas contundentes do Mestre fizeram com que “a partir daquele momento, muitos discípulos voltaram atrás e não andavam mais com Ele!” Jo 6,66.
Jesus ficou firme e, dirigindo-Se aos Doze, os desafiou: “Vós também quereis ir embora?” Jo 6,67.
Pedrinho, movido pelo Espírito Santo, assim se manifestou: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de Vida Eterna!” Jo 6,68.
A seguir, seguindo mais uma vez a moção do Paráclito, complementou: “Nós cremos firmemente e reconhecemos que Tu és o Santo de Deus!” Jo 6,69.
Eu pergunto: Depois de tantos séculos de cristianismo, após tantas presencializações desse Mistério Eucarístico, será que, em sã consciência, poderíamos imitar Pedrinho e fazer a nossa profissão de fé semelhante à dele?
Teríamos essa convicção e essa segurança? Ou, quem sabe, estamos no número daqueles que resolveram voltar atrás e abandonaram o Mestre?
Sejamos humildes e reconheçamos que prossegue verdadeira a assertiva do Nazareno: “Ninguém pode vir a Mim, a não ser que lhe seja concedido pelo Pai!”
Renovemos a nossa fé nesta outra colocação de Jesus: “O Espírito é que dá vida, a carne não adiante nada!”
Na Eucaristia, as espécies do pão e do vinho, aparentemente, continuam tais e quais. No entanto, pela fé sabemos que, após a Consagração, são realmente o Corpo e o Sangue de Jesus!
Pe. Jacob, MSF.