16/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
Joãozinho, na sua simplicidade, compartilha: “Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades”, e, aduz um detalhe significativo: “Uma grande multidão O seguia, porque via os Sinais que operava em favor dos doentes!” Jo 6,1-2.
Interessante é que “Jesus subiu ao monte e sentou-Se aí com Seus discípulos” Jo 6,3.
Algumas considerações se impõem. O Mestre ansiava pelo recolhimento. Afastou-Se para o outro lado. Mesmo vendo as multidões, “subiu ao monte e sentou-Se aí com Seus discípulos.”
Apesar disso, “ao levantar os olhos viu uma grande multidão que chegava ao Seu encontro” Jo 3,5.
Foi então que disse a Filipe: “Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?” Jo 3,5. O hagiógrafo esclarece: “Disse isto para pô-lo à prova, pois Ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer!” Jo 3,6.
Filipe, espontaneamente, respondeu: “Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um” Jo 3,7.
André mostrou-se solidário com Filipe e veio em seu auxílio: “Está aqui um menino com cinco pães de cevada, mas o que é isso para tanta gente?” Jo 3,9.
Queria ver a cara dos discípulos quando o Nazareno, com a maior calma ordenou: “Fazei sentar as pessoas”, e Joãozinho detalha: “Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente cinco mil homens!” Jo 3,10.
Podemos imaginar o espanto dos discípulos quando, a seguir, “Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes!” Jo 3,11.
Podemos imaginar como se sentiam os seguidores do Nazareno quando, saciada a fome da multidão, Ele ordena: “Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca!” Jo 3,12. Foram e recolheram doze cestos!
Só podia acontecer isso: “Vendo o Sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: “Este é verdadeiramente o Profeta, Aquele que deve vir ao mundo!” Jo 3,14.
O entusiasmo das pessoas era tamanho que “queriam levar Jesus e proclamá-Lo rei. Foi então que Ele Se retirou de novo, sozinho, para o monte” Jo 3,15.
Mesmo estando familiarizados com os Prodígios do Mestre, os discípulos, com certeza, eram surpreendidos pela criatividade Dele.
A preocupação de Jesus pelo estar em Silêncio Interior de Escuta deveria contagiar-nos. Se Ele, o Unigênito do Pai, sentia necessidade desse constante cultivo, quanto mais nós, simples mortais muito mais susceptíveis às diversas insinuações do orgulho e da vaidade, deveríamos primar pelo retirar-nos e, a sós, comungar o Senhor.
Jesus Amado, concede-nos o dom da partilha e da solidariedade!
Pe. Jacob, MSF.
