Maria de Nazaré, como todas as mães, teve as mais diversificadas experiências em relação ao seu Filho, Jesus.
Hoje celebramos a Solenidade do Imaculado Coração de Maria. Para nós, o Coração Bíblico é constituído pelo dia a dia da pessoa em questão. Ele é tecido pelas experiências cotidianas.
Uma das experiências da mãe Maria de Nazaré foi a perda e o encontro do filho no templo.
Concluídas as Celebrações Pascais, “o Menino Jesus permaneceu em Jerusalém sem que Seus pais o notassem” Lc 2,43.
Podemos imaginar a angústia de Maria e de José, quando ao final do primeiro dia do retorno, perceberam a ausência do Menino. Podemos imaginar a ansiedade com que chegavam à casa dos parentes e conhecidos e a desilusão ao serem informados que estes nada sabiam Dele e do Seu paradeiro.
Podemos imaginar o sofrimento dos pais durante estes três dias de intensa e infrutífera procura.
Podemos imaginar a sua alegria quando ao entrarem no templo, O avistaram, “sentado no meio dos mestres, escutando e fazendo perguntas” Lc 2,46. Com que satisfação os pais perceberam que “todos os que ouviam o Menino estavam maravilhados com Sua inteligência e Suas respostas” Lc 2,47.
Podemos imaginar o impacto que provocou nos presentes a admoestação de Maria: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que Teu pai e eu estávamos angustiados, à Tua procura!” Lc 2,48. Ainda mais admirados devem ter ficado com o que Este respondeu: “Por que Me procuráveis? Não sabeis que devo estar na casa de Meu Pai?” Lc 2,49.
É fácil aceitarmos que Maria e José “não compreenderam as palavras que lhes dissera” Lc 2,50.
Podemos imaginar quais os sentimentos de José e Maria ao caminharem, lado a lado, com o Filho de Deus que “desceu com Seus pais a Nazaré e lhes era obediente!” Lc 2,51.
Com certeza, tanto Maria quanto José, estavam muito gratos por terem sido escolhidos, desde toda a eternidade, para acompanharem o Menino que “crescia em idade, sabedoria e graça diante de Deus e dos homens!” Lc 2,52.
Que Maria de Nazaré, com seu esposo José, nos ensine a, como eles, guardarmos em nosso Coração Bíblico tudo o que fala a Escritura acerca de seu Filho, e, mais do que isso, nos esforçarmos para jamais perdermos Jesus em o nosso cotidiano. Porém, se isso, infelizmente ocorrer, que possamos pressurosos procurá-lo com perseverança.
Para isso Ele nos deixou a própria Palavra Divina, a Oração, os Sacramentos e tantos outros meios que nos ajudam neste Processo. Que saibamos usar da Confissão como um dos principais meios para, sempre de novo, promovermos nosso Reencontro com o nosso Salvador, Jesus de Nazaré.
Pe. Jacob, MSF.