19/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
Após a multiplicação dos pães e dos peixes, Jesus foi visto pelos Seus discípulos andando sobre o mar.
As multidões viram os discípulos do Nazareno partirem para o outro lado do mar numa barca na qual o Mestre não embarcara.
Como o pessoal percebera a ausência de Jesus e dos Seus, “subiu às barcas e foram à procura Dele, em Cafarnaum” Jo 6,24.
Como não poderia deixar de ser, “quando O encontraram do outro lado do mar, perguntaram-Lhe: Rabi, quando chegaste aqui?” Jo 6,25. Foi então que o Nazareno aproveitou a oportunidade para admoestar: “Em verdade, em verdade Eu vos digo, estais Me procurando não porque vistes Sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos!” Jo 6,26.
Jesus estava chamando a atenção dos presentes sobre a sua intencionalidade. Essa admoestação, creio que cabe muito bem a nós, hoje.
Quais as nossas intenções quando vamos à procura de Jesus? Por vezes, sentimos uma dificuldade e lá vamos nós ao encontro do Nazareno, seja em forma de uma súplica, seja em forma de uma promessa ou coisa similar. Quem de nós tenta aproximar-se do Mestre apenas para estar com Ele? Quem busca a Sua companhia para compartilhar algo de legal que acaba de vivenciar?
A Pandemia, com certeza, está levando alguns de nós ao Mestre. Com que intenção isso acontece?
Jesus aproveita a presença do pessoal para desvendar a ele novos horizontes: “Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo que permanece até a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará!” Jo 6,27. A seguir, o Nazareno abre aos presentes um novo enfoque a Seu respeito: “Este é Quem o Pai marcou com Seu selo!” Jo 6,27.
Esta simplicidade e esta atitude corajosa de Jesus mexeram com os ouvintes que falaram: “O que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” Jo 6,28.
A resposta do Mestre remete-nos ao que já refletimos em Artigos anteriores: “A obra de Deus é que acrediteis Naquele que Ele enviou!”
Relembremos que crer em Jesus é aceitar o Seu nome, ou seja, a Sua história, acolher os Seus ensinamentos e, sobretudo, vivenciar o que Ele viveu, ou seja, doar a vida pelos nossos semelhantes.
Nesta atitude de escuta e seguimento deveremos se necessário for, mudar a nossa intencionalidade.
Procuremos o Mestre não apenas quando o sapato aperta. Busquemos a Sua companhia como fazemos com os nossos melhores amigos. Um verdadeiro amigo não precisa ter uma razão específica para vivenciar um encontro com o outro amigo. O simples fato de estar em sua presença, o estar com ele, é motivo suficiente. Com Jesus deveríamos agir do mesmo modo.
Pe. Jacob, MSF.