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Jesus Desafiador

O Nazareno sempre foi muito original. Com suas atitudes inovadoras prossegue desafiando a humanidade através dos séculos.

Com toda a simplicidade, apresentou esta parábola: “Pode um cego guiar outro cego? Não cairão os dois num buraco?” Lc 6,39.

Escutando com o coração essa assertiva do Mestre, o que a mesma me propõe?

Inicialmente, podemos perguntar-nos: Como nos vemos? Como seres humanos, como cristãos, como Religiosos e, sobretudo, como Sacerdotes, o Espírito Santo nos constituiu guias.

Pelo nosso próprio ser, imagem e semelhança do Criador, somos constituídos como luzes, e, como tais, devemos brilhar para o bem de todos.

Nós nos preocupamos em cuidar para que não sejamos uns cegos, tentando guiar outros que também possuem as suas cegueiras? Procuramos adquirir as devidas condições para guiarmos com segurança os demais que a Providência nos confia?

Uma demonstração de cegueira Jesus oferece ao dizer: “Por que vês tu o cisco no olho do teu irmão e não percebes a trave que há no teu próprio olho?” Lc 6,41.

O Nazareno mostra a nossa atitude de superioridade quando temos a petulância de dizer, ao menos subliminarmente: “Irmão, deixa-me tirar o cisco do teu olho”, quando tu não vês a trave no teu próprio olho?” Lc 6,42.

Quantas vezes, mesmo sem nos darmos conta, tentamos desviar a atenção sobre os nossos defeitos, apontando os dos doutos.

Podemos imaginar a mágoa de Jesus, misturada com profunda tristeza, quando aduz: “Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e então poderás enxergar bem para tirar o cisco do olho do teu irmão!” Lc 6,42.

Essa exortação de Jesus mostra, claramente, que o único comportamento razoável é buscarmos uma autêntica conversão

Louvemos o Cristo porque Ele é total transparência. Ninguém fez e jamais fará o que Ele realizou por nós.

Quem, como Ele, deixou a Sua divindade para ocultar a mesma num simples corpo humano? Ele, consoante Paulinho, “aniquilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens” Fl 2,7, para aduzir, “humilhou-Se ainda mais, tornando-Se obediente até a morte, e morte de cruz” Fl 2,8.

Por conseguinte, podia propor aos Seus seguidores missionários: “Um discípulo não é maior do que o mestre”, e tranquilamente, acrescentar: “Todo discípulo bem formado será como o mestre” Lc 6.40. Estamos em condições de, ao menos, tentarmos construir certa igualdade com o comportamento do Nazareno e fazermos de nossa vida uma doação pelo bem estar dos irmãos?

Pe. Jacob, MSF.

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