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Jesus e as Crianças

Imagem de Jesus protegendo crianças

O Mestre de Nazaré alimentava um carinho especial pelas crianças.

Certa feita, “levaram crianças a Ele, para que pusesse as mãos sobre elas e fizesse uma oração” Mt 19,13.

Os discípulos, quem sabe querendo proteger o Mestre de sobrecarga de trabalho, “as repreendiam” Mt 19,13.

Isso fez com que Jesus tomasse a defesa das crianças falando: “Deixai as crianças e não as proibais de virem a Mim, porque delas é o Reino dos Céus” Mt 19,14.

Interessante é que o hagiógrafo deixa bem claro: “Depois de impor as mãos sobre elas, Jesus partiu dali” Mt 19,15.

Com certeza, foi esta Sua última atividade daquele dia.

Já que o Mestre falou que das crianças é o Reino dos Céus, tentemos descobrir porque Ele Se manifestou assim.

Se aceitamos que as Bem Aventuranças são a Plataforma do Reino dos Céus e se concordamos que, praticamente, tudo o que nelas o Nazareno nos propõe somente será entendido e aceito se tivermos atitudes e comportamentos de criança, isso fica mais evidente.

Somente quem se assemelhar à criança viverá a autêntica pobreza de espírito, que tem tudo a ver com o ser e nem tanto com o ter.

O mesmo podemos dizer do choro do bem aventurado. Somente a criança pode avaliar e, devidamente, viver a mansidão. Sem esse jeito de ser da criança a promoção da paz parece inferior a uma boa preparação para a guerra.

Quem não se fizer criança jamais entenderá a força que emana da misericórdia. Isso rebenta com a nossa atitude e superioridade.

Quem, a exemplo da criança, depende praticamente em tudo dos outros, poderá avaliar a significação da fome e da sede de justiça. Justiça aqui tem tudo a ver com o Projeto de Deus de Vida em Abundância para todos.

O que diremos da pureza de coração que transcende em tudo um mero puritanismo na área da sexualidade?

Somente quem se assemelha à criança pode transcender as aparências para chegar ao essencial. Somente a criança pode chegar, pela obra de arte ao autor da mesma, ou seja, através das criaturas, descobrir e louvar o Criador.

Quem sabe, se aprendêssemos a, como o Nazareno, deixar que as crianças se aproximassem de nós, se tivéssemos o dom de escutar as mesmas, se conseguíssemos olhar a realidade sob o enfoque de um olhar infantil, muitas coisas se modificariam para melhor. Quem sabe, foi nisso que o Mestre pensou ao repreender os Seus. Que Ele nos ajude a vivermos a espiritualidade da criança.

Pe. Jacob, MSF.

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