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Julgamentos Precipitados

Imagem na passagem Lc 7,37

Quando Paulinho diz: “És inexcusável, quem quer que sejas, que te arvoras em juiz. Naquilo que julgas a outrem, a ti mesmo te condenas. Pois tu, que julgas, fazes as mesmas coisas que eles” Rm 2,1, ele, simplesmente, nos convida a cuidarmos de nós próprios..

Oxalá, tomássemos posse do que ensina o Mestre: “Não julgueis e não sereis julgados. Porque do mesmo modo que julgardes, sereis também vós julgados, e, com a mesma medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos” Mt 7,1-2.

Essas assertivas vêm ao encontro da vivência que Lucas apresenta. Diz o hagiógrafo que “um fariseu convidou Jesus para uma refeição” Lc 7,36.

Estando todos à mesa, eis que chega uma mulher com “um frasco de alabastro com perfume” Lc 7,37.

Ela chorava aos pés de Jesus. Suas lágrimas eram tão abundantes que lavou com elas os pés do Nazareno. Enxugou os mesmos com seus cabelos. Cobria-os de beijos e os ungia com o perfume.

Isso levou o fariseu a pensar: “Se esse Homem fosse um profeta, saberia que tipo de mulher está tocando Nele, pois é uma pecadora!” Lc 7,39.

Jesus, provando a Sua divindade, falou ao que O convidara que tinha algo a compartilhar com ele e disse: “Certo credor tinha dois devedores. Um lhe devia quinhentas moedas de prata, o outro cinquenta” Lc 7,41.

Ambos estavam sem condições para saldar a dívida, e foram perdoados da mesma.

A seguir, o Mestre desafia: “Qual deles o amará mais?” Lc 7,42.

O fariseu respondeu: “Acho que é aquele ao qual mais perdoou”, ao que Jesus retrucou: “Tu julgaste corretamente” Lc 7,43.

Depois desse diálogo, o Nazareno disse ao fariseu: “Estás vendo esta mulher?” Lc 7,44, e aproveitou para, com ele, fazer um exame de consciência, e, tranquilamente, prosseguiu: “Quando entrei na tua casa, tu não me ofereceste água para lavar os pés, ela, porém, banhou Meus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos” Lc 7,44.

Posto isto, prosseguiu: “Tu não me deste o beijo de saudação, ela, porém, desde que entrei, não parou de beijar os Meus pés”, bem como, “tu não derramaste óleo na Minha cabeça, ela, porém, ungiu Meus pés com perfume” Lc 7,45-46.

A seguir, manifestando toda a Sua misericórdia, conclui: “Por essa razão, Eu te declaro: Os muitos pecados que ela cometeu estão perdoados, porque ela mostrou muito amor”, e confirmou: “Aquele a quem se perdoa pouco mostra pouco amor” Lc 7,47.

Oxalá, tivéssemos muito amor para podermos escutar o que Jesus disse à mulher: “Teus pecados estão perdoados” Lc 7.48.

A admiração dos presentes foi tamanha que disseram: “Quem é Este que até perdoa pecados?” Lc 7,49. Oxalá, tivéssemos fé suficiente para tomarmos posse do que Jesus falou à mulher e prossegue dizendo em cada absolvição: “Tua fé te salvou. Vai em paz!” Lc 7,50.

Pe. Jacob, MSF.

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