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Natal Presente

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Quando Jesus “viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor”, e, ”começou a ensinar-lhes muitas coisas” Mc 6,34, Ele está dizendo que o Seu Natal aconteceu não para ser apenas lembrado, mas atualizado.

Com certeza foi o seu estar com o Mestre que tornou os discípulos sensíveis ao ponto de se achegarem a Ele e falarem: “Este lugar é deserto e já é tarde. Despede o povo, para que possa ir aos campos e povoados vizinhos comprar alguma coisa para comer” Mc 6,35-36.

Jesus, tranquilamente, os desafia: “Dai-lhes, vós mesmos de comer!” Mc 6,37.

Espantados, os discípulos perguntaram: “Queres que gastemos duzentos denários para comprar pão e dar-lhes de comer?” Mc 6,37.

O Mestre, acolhendo a sua pergunta, retruca: “Quantos pães tendes?”, para, depois de escutar da parte deles, “cinco pães e dois peixes”,  “mandar que todos se assentassem na grama e formassem grupos de cem e de cinquenta pessoas” Mc 6,39-40.

A seguir, “Jesus pegou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu, pronunciou a bênção, partiu os pães e ia dando aos discípulos, para que os distribuíssem” Mc 6,41. Fez o mesmo com os peixes.

O importante é que “todos comeram, ficaram satisfeitos, e recolheram doze cestos cheios de pedaços de pão e também dos peixes” Mc 5,42-43.

O detalhe é que “o número dos que comeram os pães era de cinco mil homens” Mc 6,44.

A multiplicação dos pães e dos peixes ensina que o Natal se atualiza sempre que as pessoas se preocupam com os seus irmãos mais carentes e se deixam tocar pela misericórdia e revivem a partilha de alimentos, vestes e demais elementos que ajudam a satisfazer as carências dos empobrecidos.

Ela revela também que o alimento é suficiente para todos desde que se vença a cobiça e a ganância e se cultive mais a partilha numa generosa solidariedade.

Ensina, da mesma forma, que os restos de alimentos são valiosos. Jesus mandou que se recolhessem os mesmos e, certamente, fizeram com que os discípulos, não apenas, lembrassem por vários dias esse Sinal, mas se deixassem mover pelo mesmo e crescessem em solidariedade. Aprendamos a perpetuar o Natal através da nossa generosa partilha, não somente do que nos sobra, mas, a exemplo da viúva do templo, do que faz parte do nosso orçamento.

Pe. Jacob, MSF.

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