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Nossos Demônios

O Evangelho de hoje, Mt 8,28-34, me leva a perguntar: Quais são os demônios que fazem companhia conosco?

Relata o hagiógrafo: “Quando Jesus chegou à outra margem do lago, na região dos gadarenos, vieram ao Seu encontro dois homens possuídos pelo demônio, saindo dos túmulos!” Mt 8,28.

Prossegue Mateus descrevendo um pouco estes personagens: “Eram tão violentos, que ninguém podia passar por esse caminho” Mt 8,28.

Até onde o demônio da violência nos perturba? Como está o nosso cultivo da mansidão? Ainda mais, quando nos percebemos influenciados por este espírito mau, como reagimos? Conseguimos, como estes dois possessos, reconhecer e clamar por mudança?, ou, por razões várias, questionamos o Mestre: “O que tens a ver conosco, filho de Deus?” Mt 8,29. Quem sabe, numa atitude de desconfiança, com eles reclamamos: “Tu vieste aqui para nos atormentar antes do tempo?”

Nas nossas diversas possessões, a quem recorremos? Ao Médico dos médicos, ou ficamos perdendo tempo colocando a nossa confiança noutro ser mortal como nós?

Como próximo dali, “estava pastando uma enorme manada de porcos, os demônios suplicavam-Lhe: Se nos expulsas, manda-nos para a manada de porcos!” Mt 8,31.

O Nazareno usou de Sua autoridade e ordenou: “Ide!”, e “os demônios saíram e foram para os porcos” Mt 8,32. O imprevisível aconteceu: “Logo toda a manada atirou-se monte abaixo, afogando-se nas águas!” Mt 8,32.

Quem sabe, por vezes, somos possuídos pelo demônio do medo que fez com que “os guardadores dos porcos fugissem e fossem até a cidade contar tudo, inclusive o caso dos possuídos pelo demônio” Mt 8,33.

A cidade toda veio ao encontro de Jesus, porém, paradoxalmente, “pediram-Lhe que Se retirasse da região deles!” Mt 8,34.

Provavelmente, não somos assim tão explícitos como os gadarenos, porém, quantas vezes o demônio da preguiça e da acomodação, fez com que, mesmo inconscientemente, mandássemos Jesus sair do nosso caminho? Quantas vezes, quem sabe, O rejeitamos por medo de termos que mudar se Ele nos fizesse companhia?

Quais são os demônios que nos aprisionam? Os possessos dos gadarenos saíram do cemitério. Quais são os túmulos existenciais que nos mantém como vivos mortos?

Avaliemos as nossas atitudes que originam nossos comportamentos. Quem sabe, alimentamos algumas atitudes que nos impedem de promovermos um Processo Ressuscitante? Jesus Amado, ajuda-nos a descobrirmos as nossas possessões demoníacas e a graça para delas nos libertarmos.

Pe. Jacob, MSF.

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