25/04/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
Podemos imaginar a tranquilidade com que Jesus Se apresenta: “Eu sou o Bom Pastor!”, para em seguida, Se comprometer: “O Bom Pastor dá a vida por Suas ovelhas!” Jo 10,11.
O Nazareno prossegue explicitando a grande diferença entre um bom pastor e outro que exerce a mesma função, porém, com interesses distintos: “O mercenário, que não é pastor e não é dono das ovelhas, vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge, e o lobo as ataca e dispersa!” Jo 10,12.
Esse falso pastor age assim por ser “apenas um mercenário e não se importar com as ovelhas!” Jo 10,13.
Colocada essa essencial diferença, Jesus reafirma: “Eu sou o Bom Pastor!”, para, convictamente aduzir: “Conheço as Minhas ovelhas, e elas Me conhecem”, contudo, esse conhecimento ultrapassa a mera intelectualidade, pois, ele se fundamenta na Sua eterna experiência relacional com o Abá, “assim como o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai!” Jo 10,14-15.
Biblicamente falando, conhecer é amar em sua plenitude e o fruto desse amor autêntico será a Vida em sua globalidade.
Quando Jesus acrescenta esse detalhe: “Eu dou Minha vida pelas ovelhas” Jo 10,15, Ele mostra a Sua intimidade com o Paizinho Amado que consiste em ser e compartilhar Vida e Vida Plena.
Para nós humanos, pode ser difícil uma compreensão mais aproximada dessa assertiva do Bom Pastor. Nós carecemos dessa experiência de um amor profundo, íntimo, fiel e responsável, e, sobretudo, partilhado na gratuidade. Por mais perfeito que seja o amor humano, ele fica muito aquém desta experiência que Jesus apresenta ao compartilhar: “Assim como o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai!”
Jesus alimentava um Sonho: Fazer de tudo para que as ovelhas O conhecessem e O seguissem. Podemos imaginar a Sua ansiedade ao compartilhar: “Tenho ainda outras ovelhas que não são desse redil!” Jo 10,16.
Ao mesmo tempo que reconhecia essa realidade, confirmava que “também a elas devo conduzir!”, todavia, para que essa condução pudesse acontecer, se fazia necessário que elas “escutassem a Sua voz”, e assim, fosse constituído “um só rebanho e um só Pastor!” Jo 10,16.
Imaginemos a alegria e a felicidade com que o Bom Pastor revela: “É por isso que o Pai Me ama, porque dou a Minha vida para depois recebê-la novamente!” Jo 10,17.
Podemos imaginar a tranquilidade com que Ele assume: “Ninguém tira a Minha vida, Eu a dou por Mim mesmo!” Jo 10,18.
Ele tinha plena consciência de que “tenho poder de entregá-la e tenho poder de recebê-la novamente!” Jo 10,18, porque “essa é a ordem que recebi do Meu Pai!” Jo 10,18.
Jesus Amado, Bom Pastor, faze que a Teu exemplo, tenhamos consciência da missão que nos confiaste e da generosidade que ela nos solicita, ou seja, amar concretamente as ovelhas entregando a nossa vida por elas e isso, gratuitamente.
Pe. Jacob, MSF.
