Jesus experimentou o relacionamento em seus diversos níveis. Com as multidões, preocupava-Se em oferecer-lhes alimento, pois Ele as via como ovelhas sem Pastor. Esta comida ia da Sua presença física até a multiplicação dos pães e dos peixes. Ele as queria fortalecidas e animadas para a caminhada.
Com os 72 discípulos, Ele Se relacionava com maior intimidade. Sua preocupação era animá-los a um seguimento mais próximo e lhes apontava certa segurança para os momentos menos favoráveis.
Quando queria um comprometimento maior, uma cumplicidade a toda a prova, Ele Se reunia com os 12. Com eles cultivava uma intimidade ainda mais comprometedora.
Mesmo entre os 12 mostrava predileção a Pedrinho, Tiaguito e Joãozinho. Foram eles os chamados para acompanhá-Lo ao Tabor, bem como os escolhidos para estarem mais próximos quando da Sua agonia, no Horto das Oliveiras.
Quando pretendia descansar e se realimentar ia à Betânia para desfrutar da companhia de Lázaro, Marta e Maria.
Sob este enfoque entendemos que “Jesus deixou as multidões e foi para casa” Mt 13,36. Uma vez ali, “Seus discípulos aproximaram-se Dele e Lhe disseram: Explica-nos a Parábola do Joio” Mt 13,36.
Na intimidade com os 12, Ele lhes revela: “Aquele que semeia a boa semente é o Filho do Homem. O campo é o mundo” Mt 13,37-38.
Podemos imaginar a admiração dos 12 quando o Mestre prossegue: “A boa semente são os que pertencem ao Reino. O joio são os que pertencem ao maligno” Mt 13,38.
Devem ter ficado mais admirados ainda quando o Mestre explicita: “O inimigo que semeia o joio é o diabo” Mt 13,39. Porém, ele se serve de mediadores, e estes são os que a ele pertencem.
Podemos imaginar a satisfação com que o Mestre percebia a boa vontade dos 12, e por isso, prosseguiu: “A colheita é o fim dos tempos. Os ceifadores são os Anjos” Mt 13,39.
Deve ter sido com certo medo que os 12 continuaram escutando: “Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim acontecerá no fim dos tempos: O Filho do Homem enviará os Seus Anjos e eles retirarão do Seu Reino todos os que fazem os outros pecar e os que praticam o mal, e depois os lançarão na fornalha de fogo” Mt 13,40-42.
Jesus deve ter prosseguido com muita compaixão: “Ali haverá choro e ranger de dentes” Mt 13,42.
Podemos imaginar o fulgor, tanto nos olhos do Mestre quanto no dos discípulos ao concluir: “Então os justos brilharão como o sol no Reino de Seu Pai”, para fechar com chave de ouro: “Quem tem ouvidos, ouça!” Mt 13,43. Jesus Amado, agradecemos porque estamos no número dos Teus mais íntimos. Prova disso é que estamos, aqui e agora, em Tua companhia, aprofundando a compreensão da Parábola do Trigo e do Joio.
Pe. Jacob, MSF.