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O Reino Acontecendo

Imagem de uma pessoa com os braços abertos assistindo um por do sol muito bonito

As Bem Aventuranças, tanto a proclamação na montanha quanto o seu aprofundamento, se concretizavam à medida que o Nazareno voltava à planície.

É no chão da vida, na realidade cotidiana, que elas tomavam corpo e se visibilizavam.

A proclamação das mesmas constitui a Plataforma do Reino de Deus. Esse consiste em Vida Plena e Abundante para todos, consoante, Jo 10,10.

Mateus confirma isso, ao compartilhar: “Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões O seguiam” Mt 8,1.

Ali se encontrava um leproso que, quebrando o protocolo, “se aproximou e se ajoelhou diante Dele, dizendo: Senhor, se queres, Tu tens o poder de me purificar!” Mt 8,2.

Jesus, revelando a misericórdia do Paizinho Amado, também quebra o paradigma da distância e “lhe estendeu a mão”, e, mais que isso, “tocou nele” e disse: “Eu quero, fica limpo!” Mt 8,3.

Quando a limitação humana, numa atitude de fé, busca a Fonte da Vida, o resultado sempre é positivo: “No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra!” Mt 8,3.

O comportamento do leproso que “se aproximou e se ajoelhou diante Dele, dizendo: Senhor, se queres, Tu tens o poder de me purificar”,  tem muito a nos ensinar.

E enfermo estava consciente de sua delicada situação. Imaginemos o temor com que ele se aproxima de Jesus. Ninguém melhor que ele sabia da lei da distância.

Quem sabe, quantas vezes, ele fora enxotado para longe. Se ele estivesse falto de fé, com certeza, teria deixado de suplicar e, ao mesmo tempo, proclamar a divindade de Jesus: “Tu tens o poder de me purificar!” 

Por vezes, falta-nos a coagem para acolher a nossa enfermidade, a nossa lepra, seja ela de que ordem for. Noutras, buscamos ajuda junto a outras fontes e pessoas que não o Nazareno.

Quem sabe, às vezes, recusamos a cura por falta de humildade. Reconhecemos e aceitamos que somos doentes? Ou julgamos que estamos isentos de todo o mal?

O Leproso foi direto: “Tu tens o poder de me purificar!” Ele sabia e se assumia como leproso. Ele se aproximou, suplicou, acolheu a presença de Jesus e se permitiu ser curado!

Jesus agiu na gratuidade: “Eu quero, fica limpo!”, e, sem mais, ordenou “não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles!” Mt 8,4. Percebamos a clarividência do Nazareno. Pediu silêncio, Ele apenas estava concretizando tudo o que até ali proclamara e aprofundara. Ele previa a situação delicada que se instauraria entre Ele e os sacerdotes. Por isso, a orientação: “Para servir de testemunho para eles!”

Pe. Jacob, MSF.

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