02/05/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.
Jesus de Nazaré assim Se expressou: “Eu sou a videira verdadeira, e Meu Pai é o agricultor” Jo 15,1. Exímio no uso de Parábolas, era evidente que Seus ouvintes entendiam de vinha e derivados.
Como vinhateiros ou achegados ao assunto, eles entenderam muito bem quando o Mestre falava: “Todo ramo que em Mim não dá fruto, Ele o corta, e todo ramo que dá fruto, Ele o limpa, para que dê mais fruto ainda!” Jo 15,2.
A seguir, Jesus mostra como o Pai procede esta limpeza: “Vós já estais limpos por causa da palavra que Eu vos falei!” Jo 15,3.
Podemos imaginar com que ternura o Nazareno acrescentou: “Permanecei em Mim, e Eu permanecerei em vós!” Jo 15,4, para, com todas as letras, ressaltar: “Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em Mim!” Jo 15,4.
Quem sabe, Jesus tenha percebido em Seus ouvintes alguma reação distinta da que esperava. Eis porque retoma a assertiva: “Eu sou a videira, e vós os ramos!”, bem como acentua: “Aquele que permanece em Mim, e Eu nele, esse produz muito fruto”, para, decididamente, concluir: “Porque sem Mim nada podereis fazer!” Jo 15,5.
Podemos imaginar com que profunda emoção Ele compartilhou: “Quem não permanecer em Mim será lançado fora como um ramo e secará”, e, mostra qual o destino desses ramos separados da videira: “Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados” Jo 15,6.
Podemos, igualmente, imaginar com que sentimento de alegria, Ele prosseguiu: “Se permanecerdes em Mim e as Minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado!” Jo 15,7.
Jesus de Nazaré era um sonhador e, ao mesmo tempo, nesta atitude, era também um semeador de sonhos: “Nisto Meu Pai é glorificado: Que deis muito fruto e vos torneis Meus discípulos!” Jo 15,8.
A Igreja Primitiva aceitava e vivia esta mensagem do Nazareno: “A Igreja vivia em paz em toda a Judeia, Galileia e Samaria”, mais que isso: “Ela se consolidava e progredia no temor do Senhor e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo!” At 9,31.
Com certeza, a Comunidade punha em prática o que Joãozinho lhe ensinava: “Não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade!” 1 Jo 3,18.
Certamente, a Comunidade via acontecendo o dito pelo Mestre e percebia que “qualquer coisa que ela pedia recebia Dele, porque guardava os Seus mandamentos fazendo o que era de Seu agrado!” 1 Jo 3,22.
Ela acreditava no nome de Jesus Cristo e se amava “conforme o mandamento que Jesus lhe dera” 1 Jo 3,23. Assim constatava que, “guardando os Seus mandamentos, permanecia com Deus, e Deus com ela, tudo pela ação do Espírito Santo!” 1 Jo 3,24.
A Comunidade Primitiva era um retrato da Videira com os ramos a ela unidos.
Pe. Jacob, MSF.