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Peso da Palavra

Lendo a bíblia - peso da palavra

Por Pe. Jacob, MSF.

Vimos no Artigo de ontem a origem do I Concílio de Jerusalém. A dissidência estava criada a partir de posições muito distintas.
De um lado, estavam Paulo e Barnabé que, alicerçados nos frutos dos convertidos que passaram diretamente do paganismo ao seio da Igreja de Jesus Cristo, sustentavam a não necessidade da passagem dos mesmos pelo judaísmo precedido pela circuncisão.
Do outro lado, os que tinham vindo do partido dos fariseus, que não abriam mão desse requisito.
O Espírito Santo foi invocado e ouvido. Por isso, Pedrinho falou: “Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu do vosso meio para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra do Evangelho e acreditassem” At 15,7. Pedrinho testemunhou, na casa de Cornélio, que o Espírito Santo fora concedido aos pagãos assim como aos primeiros seguidores do Mestre. Falou mais: “E não fez nenhuma distinção entre nós e eles, purificando o coração deles mediante a fé!” At 15,9.
A seguir, destemidamente, desafia: “Então, por que vós colocais Deus à prova, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós mesmos tivemos força para suportar?” At 15,10.
Podemos imaginar com que unção Pedrinho prosseguiu: “Ao contrário, é pela graça do senhor Jesus que acreditamos ser salvos, exatamente como eles” At 15,11.
Fez-se um grande silêncio, quebrado por Tiaguinho que assim se pronunciou: “Simão acaba de nos lembrar como, desde o começo, Deus Se dignou tomar homens das nações pagãs para formar um povo dedicado ao Seu nome” At 15,14.
Tiaguito conclui seu discurso: “Por isso, sou do parecer que devemos parar de importunar os pagãos que se convertem a Deus”, e, repleto do Espírito Santo, ditou a Ata do Primeiro Concílio da Igreja católica: “Vamos somente prescrever que eles evitem o que está contaminado pelos ídolos, as uniões ilegítimas, comer carne de animal sufocado e o uso de sangue!” At 15,19-20.
Tiaguinho termina a sua exposição: “Com efeito, desde os tempos antigos, em cada cidade Moisés tem os seus pregadores, que o leem todos os sábados nas sinagogas” At 15,21.
Até aqui, apenas os dois líderes da Comunidade de Jerusalém expuseram seus pareceres. Uma coisa fica saliente: A presença atuante do Espírito Santo que foi invocado e escutado. Foi a partir de Sua moção que ambos os Líderes Eclesiais se pronunciaram.
Isso confirma o que o próprio Mestre compartilhou: “Como o Pai Me amou, assim também Eu vos amei” para aduzir, “permanecei no Meu amor!” Jo 15,9.
Creio que, tanto Pedrinho quanto Tiaguito, estavam em comunhão com esse amor divino, pois com a sua decisão provaram que a colocação de Jesus: “Eu vos disse isso para que a Minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena!” Ao 15,11, fosse, realmente concretizada.

Pe. Jacob, MSF.

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