Por Pe. Jacob, MSF.
As Bem Aventuranças são a Plataforma do Reino de Deus. Diante das mesmas podemos permanecer numa atitude intelectiva e encará-las como uma Proposta, porém, podemos dar um passo a mais, ou seja, num honesto Exame de Consciência, verificar até que ponto elas já são uma realidade em o nosso dia a dia.
Até onde a Pobreza de Espírito move o meu ser? O pobre bem aventurado é aquele que se sabe humano, ou seja, limitado, desequilibrado e pecador, sem com isso se escandalizar, mas fazer dessa sua condição um apelo para ir melhorando no seu dia a dia.
Para isso, como cultivo a aflição e o choro? Meu coração, ou seja, o meu cotidiano, sabe condoer-se pelos meus pecados e transgressões ao Projeto Divino?
Como cultivo a Mansidão? Manso sou quando consigo conviver com as dificuldades sem as menosprezar nem fazer delas o centro do meu caminhar.
Acolho as minhas deficiências nas Dimensões que me constituem, ou seja, Física, Psíquica, Cultural e Religiosa? Como me relaciono na área da sexualidade humana? Estou tranquilo em relação a isso?
Vivenciar a Misericórdia continua sendo um grande desafio. Por que sou tão rigoroso comigo e com os demais? Por que me custa tanto aceitar que preciso da Misericórdia, tanto quanto o meu semelhante?
É bom que me pergunte, será que, dificilmente, sou misericordioso porque não fui agraciado pela misericórdia dos demais? Talvez, a minha dureza de coração se origine de uma formação mais legalista que caridosa, compreensiva e acolhedora?
Quais as lentes que uso para perceber a realidade que me cerca? Aprendi a ver em tudo um rastro do meu Deus? Encaro as criaturas como uma manifestação do seu Criador? Ou prefiro as lentes do que aparece à primeira vista, em lugar de vivenciar uma autêntica Pureza que pouco tem a ver com puritanismo?
Como poderei ver a Deus se não O encontro nas Suas maravilhas criadas?
Quais são as minhas atitudes? Elas me conduzem a comportamentos pacíficos ou, pelo contrário, são bombas que, aqui ou ali, irão impiedosamente explodir?
Promovo a paz ou sou portador de fuxicos e fofocas? O que compartilho com os demais, as coisas positivas ou as negativas?
Quais são as minhas reações quando, ao tentar ser um pouco mais bem aventurado, começo a ser perseguido? Como reajo às críticas que me são dirigidas quando busco revelar um pouco, em meu ser, pensar e agir, as atitudes e os comportamentos do Nazareno?
Sou profeta desse novo jeito de viver que Jesus me propõe? Bem aventurado é aquele que se deixa conduzir pelas moções do Espírito Santo e, assim, se transforma num Sacramento do Reino.
Pe. Jacob, MSF.