Em continuidade à preparação para o Juízo Final, Jesus apresenta a Parábola dos Talentos.
Com toda a tranquilidade, compartilha: “Um homem ia viajar para o estrangeiro. Chamou os empregados e lhes entregou seus bens” Mt 25,14.
Adaptando a citação, podemos dizer que Deus criou todas as coisas e as confiou aos Seus colaboradores, os seres humanos, para que as administrassem.
Porém, para que eles tivessem êxito na missão que lhes era confiada: “A um deu cinco talentos, a outro deu dois e ao terceiro, um, a cada qual de acordo com a sua capacidade” Mt 25,15.
Tendo encaminhado tudo com perspicácia, “em seguida viajou!” Mt 25,15.
O primeiro satisfeito, com toda a seriedade, “saiu logo, trabalhou com os talentos e lucrou outros cinco!” Mt 25,16.
De forma similar agiu o segundo, “lucrou outros dois!” Mt 25,17.
Muito distinta foi a reação daquele que recebera um talento: “Ele saiu, cavou um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu patrão!” Mt 25,18.
Ao término da viagem, “depois de muito tempo, o patrão voltou e foi acertar contas com os seus empregados” Mt 25,19.
Podemos imaginar a alegria do primeiro que dobrara os cinco talentos. Com que satisfação, ele escutou da parte do patrão: “Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais. Vem participar da minha alegria!” Mt 25,21.
O que recebera dois talentos, igualmente, se apresentou satisfeito e falou: “Senhor, tu me deste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei!” Mt 25,22.
O patrão, o que fizera com o primeiro, fez também com o segundo. Reconhecido e grato, fala: “Muito bem, servo bom e fiel! Como foste fiel na administração de tão pouco, eu te confiarei muito mais! Vem participar da minha alegria!” Mt 25,23.
O que recebera um talento também se aproximou e disse: “Senhor, sei que és um homem severo, pois colhes onde não plantaste e ceifas onde não semeaste”, e, displicente, prossegue: “Por isso fiquei com medo e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence!” Mt 25,25.
Certamente, ele não esperava a reação do seu patrão: “Servo mau e preguiçoso”, sabendo como eu sou, ”devias ter depositado meu dinheiro no banco, para que eu recebesse com juros o que me pertence!” Mt 25,27.
A grande lição que podemos extrair dessa Parábola é que independe do quanto recebemos para administrar, o que importa é que sejamos sérios e procuremos ser responsáveis no uso e na multiplicação dos mesmos. No uso dos nossos talentos, podemos optar por não sermos como o terceiro, porém, aspirar a sorte dos dois primeiros.
Pe. Jacob, MSF.