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Respingos das Bem Aventuranças

Por Pe. Jacob, MSF.

Jesus de Nazaré primeiro, existencialmente, testemunha as Bem Aventuranças para, somente então, proclamar as mesmas.

Quando Ele compartilha: “Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas”, para, solenemente, reafirmar: “Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento” Mt 5,17, Ele já vivia a Pobreza até suas últimas consequências. A Sua Encarnação e posteriores consequências comprovam isso sem sombra de dúvidas.

Foi Ele que “sendo de condição divina, não Se prevaleceu de Sua igualdade com Deus, mas aniquilou-Se a Si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-Se aos homens” Fl 2,6-1.

É da essência da Sua Pobreza o abandonar a Sua própria vontade para assumir, na sua globalidade, o bem querer do Pai: “Sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-Se ainda mais, tornando-Se obediente até a morte e morte de cruz” Fl 2,8.

É reflexo da Pureza de Coração enxergar todas as criaturas com o olhar do Criador. Por isso, o Nazareno, vendo tudo sob o enfoque do Pai e do Paráclito, em Sua Unicidade Trinitária, estava convicto de que “antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra” Mt 5,19.

Podemos atribuir ao Manso e Humilde de Coração a capacidade de acolher um mandato como explícita manifestação do próprio Deus. Assim, melhor podemos entender a seriedade com que o Mestre fala: “Portanto, quem desobedecer um só destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos Céus” Mt 5,19.

Somente o Pobre e o Puro de Coração são capazes de perceber a importância do testemunho para garantir a credibilidade de um ensinamento. Jesus retoma essa temática ao compartilhar: “Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus” Mt 5,19.

Sabemos como Jesus de Nazaré não hesitou em se opor à práxis “dos escribas e dos fariseus que se sentaram na cadeira de Moisés” Mt 23,2. Convicto proclama: “Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem!” Mt 23,3.

Pe. Jacob, MSF.

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