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São José, O Operário

Imagem de São José, O Operário

01/05/2021 – Por Pe. Jacob, MSF.

Iniciamos o mês de maio. Para nós cristãos ele está, intimamente, associado à Maria, mãe de Jesus de Nazaré e nossa. Quem tiver a minha idade ou mais, ao lembrar a sua infância, certamente, poderá visualizar aquelas noites com muitas celebrações marianas.
Lembro os Terços celebrados à noite concluídos com as Bênçãos do Santíssimo Sacramento. Eram noites escuras e, geralmente, frias.
Bem distintas eram as noites de Outubro, mês também dedicado à Maria. Como as de maio, eram igualmente solenizadas com as Celebrações Marianas. O que as distinguia era que, tanto o Terço quanto a Adoração ao Santíssimo, aconteciam ainda no claro e, normalmente, numa temperatura mais agradável.
Primeiro de Maio é dedicado ao Trabalho. Nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas, a Igreja, através do Papa Pio XII, ofereceu aos operários um modelo e protetor, na pessoa de São José, o Carpinteiro e Pai Adotivo de Jesus.
A São José, protetor da Igreja Universal, foi atribuído o lindo papel  de amparar todo trabalhador de fé, fosse do campo ou da indústria, autônomo ou não, mulher ou homem. Lembremos que ao seu lado estavam Jesus e Maria.
A Igreja, autorizada pelo Papa Pio XII, nesse dia do trabalho, deu um lindo parecer sobre o serviço humano que gera, dá a luz e faz crescer as obras produzidas pelo homem. Disse o Papa: “Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho, a fim de que inspire, na vida social, as leis da equitativa repartição de direitos e deveres.”
São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que Deus trabalha sem cessar na santificação de Suas obras: “Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa. O Senhor é Cristo” Cl 3,23-24.
A Sagrada Escritura confirma que José, o esposo de Maria, exercia o ofício de carpinteiro. Quando seu filho adotivo, Jesus, Se apresentou na sinagoga de Nazaré, todos os presentes se questionavam: “De onde Lhe vem essa sabedoria e esses milagres?”, e, completavam “Não é Ele o filho do carpinteiro?” Mt 13,54, para concluírem: “Sua mãe não se chama Maria e Seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? E Suas irmãs não moram conosco? Então, de onde Lhe vem tudo isso?” Mt 13,55-56.
Com certeza, jamais passou pela cabeça de Seus contemporâneos e conterrâneos que Jesus fosse o Filho de Deus, o Messias!
O Nazareno poderia ter esclarecido a questão, porém, preferiu apenas lançar pistas. Por isso deixou esta valiosa dica: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” Mt 13,57.
Acredito que São José pode ser também invocado como patrono dos trabalhadores do intelecto.
José deve ter acolhido seu filho adotivo compreensivamente quando Ele “Não fez, em Nazaré, muitos milagres, porque eles não tinham fé!” Mt 13,58.

Pe. Jacob, MSF.

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