O Evangelho de hoje, Mc 12,18-27, que relata o encontro de Jesus com alguns saduceus que afirmam que não existe a ressurreição, oferece uma rica oportunidade para refletirmos sobre esse tema.
Paulinho confrontou-se com pessoas que discutiam a mesma problemática. O Apóstolo parte da experiência de Jesus: “Eu vos transmiti primeiramente o que eu mesmo havia recebido: Que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado, e ressurgiu ao terceiro dia, segundo as Escrituras” 1Cr 15,3-4.
Paulinho, indiretamente, apresenta os salutares efeitos desse acontecimento: O Ressurrecto “apareceu a Cefas, e em seguida aos Doze” 1 Cr 12,5. Paulinho registra mais algumas aparições para concluir: “Por último de todos, apareceu também a mim, como a um abortivo” 1 Cr 12,8, e, humildemente, revela o porquê: “Eu sou o menor dos Apóstolos, e não sou digno de ser chamado apóstolo, porque persegui a Igreja de Deus!” 1 Cr 15,9.
O que ocorreu com Pedrinho, com Tomé e com os demais Apóstolos, também aconteceu com Paulinho que sentiu os benéficos efeitos desta Aparição: “Pela graça de Deus sou o que sou”, para, convicto, aduzir: “E a graça que Ele me deu não foi inútil!” 1 Cr 15,10.
Jesus de Nazaré, com a Sua Ressurreição, Se tornou a suprema prova de que “assim como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos reviverão!” 1 Cr 15,22.
Paulinho, tranquilamente, assegura: “Cada qual, porém, em sua ordem: Como Primícias, Cristo, em seguida os que forem de Cristo, na ocasião de Sua vinda!” 1 Cr 15,23.
A Páscoa do Nazareno foi a grande vitória Dele sobre a morte. Ali, com ela, Jesus inicia um Processo Ressuscitante que perpassa toda a humanidade, em todos os tempos: “Se o Espírito Daquele que ressuscitou Jesus Cristo dos mortos habita em vós, Ele que ressuscitou Jesus dos mortos, também dará a vida aos vossos corpos mortais, pelo Seu Espírito que habita em vós!” Rm 8,11.
Nós nos tornamos templos vivos do Espírito Santo desde o memento em que fomos batizados. A partir de então somos candidatos à Vida Eterna que será antecedida pela nossa ressurreição.
Se Jesus de Nazaré, Cabeça deste Corpo Crístico, é o Primeiro Ressurrecto, que está assentado à direita do Pai, é este o nosso lugar definitivo, pois é Dele a assertiva: “Vou preparar-vos um lugar”, e, “depois de ir e vos preparar um lugar, voltarei e tomar-vos-ei comigo, para que, onde Eu estou, também vós estejais” Jo 14,2-3.
Tomemos posse dessa maravilha. Como, sabiamente, canta o Pe. Zezinho: “Somos cidadãos do infinito!”
Vivamos de tal modo que a Ressurreição, iniciada aqui, possa ser celebrada por toda a eternidade, em comunhão com todos os Anjos e Santos.
Pe. Jacob, MSF.