Elias, desiludido, sentou-se sob um junípero e pediu para si a morte: “Agora basta, Senhor! Tira a minha vida, pois não sou melhor que meus pais” 1 Rs 19,5.
Porém, “um anjo do Senhor lhe falou: “Levanta-te e come! Ainda tens um caminho longo a percorrer” 1 Rs 19,7.
O profeta obedeceu, “levantou-se, comeu e bebeu, e, com a força desse alimento, andou quarenta dias e quarenta noites até chegar ao Horeb, o monte de Deus” 1 Rs 19,8.
Aos judeus que solicitaram a Jesus: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!” Jo 6,34, o Nazareno respondeu: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a Mim não terá mais fome e quem crê em Mim nunca mais terá sede!” Jo 6,35.
A partir dessa afirmação, “os judeus começaram a murmurar, porque Ele havia dito: Eu sou o pão que desceu do céu!” Jo 6,41.
Eles comentavam entre si: “Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos Seu pai e Sua mãe? Como pode então dizer que desceu do céu?” Jo 6,42.
Jesus revela um grande mistério ao responder: “Não murmureis entre vós” Jo 6,43, e prossegue: “Ninguém pode vir a Mim se o Pai que Me enviou não o atrai!” Jo 6,44.
Podemos imaginar a indignação dos judeus quando Jesus concluiu: “E Eu o ressuscitarei no último dia!” Jo 6,44.
Que imensa e íntima cumplicidade entre o Pai e Jesus: O Pai atrai e o Filho o ressuscita!
O Mestre acentua a proposição: “Todo aquele que escutou o Pai e por Ele foi instruído, vem a Mim!” Jo 6,45.
É possível escutar o Pai sem vê-Lo. Isso Jesus deixa muito evidente ao aduzir: “Não que alguém já tenha visto o Pai”, para, categoricamente, concluir: “Só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai” Jo 6,46-47.
Devem ter soado com estranheza aos ouvidos dos presentes estas palavras: “Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna!” Jo 6,47.
A seguir, Jesus, tranquilamente, confirma o que já dissera: “Eu sou o pão da vida!” Jo 6,48, e, para deixar bem claro, prossegue: “Os vossos pais comeram o maná no deserto, e, no entanto, morreram!” Jo 6,49, para, seguramente, continuar: “Eis aqui o pão que desceu do céu: Quem dele comer nunca morrerá!” Jo 6,50.
Para tirar qualquer dúvida que ainda pudesse persistir, conclui: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu darei é a Minha carne dada para a vida do mundo!” Jo 6,51. Elias, alimentado, caminhou o tempo necessário, nós, alimentados pela Eucaristia, podemos aspirar uma eternidade junto ao pão vivo que desceu do céu.
Pe. Jacob, MSF.