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Uma Prece de Jesus

Imagem de homem de olhos fechados rezando

Poucas são as orações de Jesus que foram registradas nas Sagradas Escrituras. Acredito que Ele viveu, em Seu dia a dia, o que ordenou ao Seu seguidor: “Quando orares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora ao teu Pai em segredo, e teu Pai que vê num lugar oculto, recompensar-te-á” Mt 6,6.

Sabemos que quarto é este, é aquele que existe no mais íntimo de cada um de nós. É o santuário pessoal de cada um onde, desde o seu Batismo, reside o Espírito Santo.

Certamente, o Nazareno antes de ensinar: “Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras” Mt 6,7, vivenciou essa ordem.

Podemos imaginar com que unção, com que intimidade com o Paizinho Amado e o Espírito Santo, Ele pronunciou estas palavras: “Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos” Mt 11,25.

Podemos imaginar com que confiante abandono Ele aduziu: “Sim, Pai, porque assim foi do Teu agrado” Mt 11,26.

Com certeza, foi com muita gratidão que Ele compartilhou Sua experiência de Unicidade com o Pai ao revelar: “Tudo Me foi entregue por Meu Pai”, para prosseguir: “Ninguém conhece o Filho, senão o  Pai” e concluir: “E ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho O quiser revelar” Mt 11,27.

O que podemos aprender dessa prece do Nazareno?

A oração nasce de uma atitude de reconhecer a divindade e de um comportamento que manifesta isso através do Louvor: “Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra.”

Pela oração celebramos as obras do senhor: “Escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos.” Nesta prece aparece também a gratuidade de Deus. Ele Se revela a todos, mas só os pequeninos que se dispõem a encontrar-se com Ele e com Suas causas, O perceberão.

Esta prece manifesta a motivação do agir divino: “Sim, Pai, porque assim foi do Teu agrado.”

Quando rezamos, conseguimos colocar em prática ao menos algumas dessas características de um autêntico rezador?

Ressaltando, somos pessoas orantes ou sapecadores de formulismos? Ao tentarmos orar. Colocamos a serviço da prece o corpo todo e tudo o que o acompanha, ou usamos quase que exclusivamente, a língua?

Sabemos que a verdadeira oração é um diálogo, onde podemos falar, sim, mas também, e sobretudo, escutar. Por vezes, fazemos de nossas orações um enfadonho monólogo que só Deus suporta.

Deus espera ser louvado com todo o nosso ser, ou seja, corpo, alma e espírito.

Precisamos de muitos encontros com a Trindade Santa para colocarmos em prática o que o Paráclito deseja compartilhar conosco através de um Silêncio Interior de Escuta.  Rezar é uma arte que só se aprende e aperfeiçoa orando.

Pe. Jacob, MSF.

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