Nosso Blog

Ver e Escutar

Imagem da silhueta de casal abraçados formando um coração no por do sol

Vamos aprofundar a assertiva de Jesus aos Seus discípulos: “Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem!” Mt 13,16.

Da mesma forma, busquemos maior compreensão para o que Ele aduziu: “Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram, desejaram ouvir o que ouvis e não ouviram!” Mt 13,17.

Como somos dotados de sentidos externos, possuímos também os internos. Quando falamos de ver e escutar, normalmente, permanecemos na dimensão exterior.

Jesus, ao apontar para a grande graça de os Seus estarem escutando o que, muitos reis e profetas desejaram sem conseguir, e ao Se referir ao estarem vendo o que aos outros, reis e profetas foi impedido, Ele descortina algo distinto de um mero ver e escutar físicos.

Interessante é que o Mestre falou aos Seus íntimos, pois a eles eram dados elementos que ao normal dos ouvintes eram negados.

Foi deles que Jesus testemunhou: “A vós é dado compreender os Mistérios do Reino dos Céus, mas, a eles não” Mt 13,11.

Na Família do EMM aprendemos uma maneira especial para escutar. Trata-se da Escuta com o Coração.

Ela consiste em ir além das palavras que são pronunciadas ou escritas. Ela nos leva a escutar com todo o nosso ser.

Os ouvidos físicos são insuficientes para essa modalidade de escuta.

Trata-se de escutar e acolher o outro com todo o seu ser e não apenas através das palavras que está pronunciando. Para isso importa que a nossa escuta envolva também todo o nosso ser e não apenas nossos ouvidos exteriores.

O mesmo vale quanto ao ver. Podemos ver sem enxergar, ou seja, não podemos ser impedidos de enxergar o que nos cerca, porém, transcender esse ato físico que pode até ser já mecânico, desencadeia     um novo processo de enxergar as criaturas.  

Aprendemos na Família do EMM a nos relacionar através dos sentimentos. Acredito que, antes do nosso FDS, muitos nem tínhamos consciência dessa riqueza que o  Espírito Santo nos deu.

Desconhecíamos nossas Necessidades Básicas de sermos amados, pertencidos, valorizados e respeitados em nossa autonomia. Ignorávamos que as mesmas, preenchidas, geram em nós sentimentos de alegria, ao passo que, se uma, duas ou mais delas estiverem esvaziadas, experimentaremos tristeza, raiva ou medo.  

Os discípulos íntimos de Jesus viam as maravilhas de Deus, mais com seus olhos interiores do que com os físicos. Eles escutavam mais com os ouvidos que o Paráclito lhes emprestava do que com os pavilhões auditivos externos. Essa foi a origem das colocações de Jesus.

Pe. Jacob, MSF.

Está gostando do conteúdo?

Compartilhe

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on pinterest